ραℓнαçσѕ

Um feixe invade aquele pequeno trailer, apertado e incomodo, e acorda aquele homem, era visível a dor em seu rosto. De que mal sofria?
Ele se levanta arrastado, negando a vida. Começa seu dia.
Pega o branco e joga na tela, tanto branco que não se via a dor, exceto nos lábios. Pincel, mergulha e suja de vermelho sangue, desenha falsamente um sorriso, e como que recordando a dor faz um pingo singelo abaixo do olho esquerdo, uma lagrima, parecia feliz agora.Ele sai, quer alegrar alguém com sua felicidade falsa?
Você é capaz de fazer de seu rosto uma tela para uma pintura falsa?Estamos cercados de telas, de mentiras e de sorrisos dolorosos. No fim do dia os rostos são lavados para um novo sorriso no dia seguinte.

συтσиσ


Outono,
Onde os sentimentos mudam,
As árvores mudam,
E eu me lembro,
Aquelas folhas douradas escondendo uma relva verde, cintilante.
Sim, eu me lembro,
As crianças sorriam,
E você estava ali,
As folhas caiam,
Brilhavam, e você sorria.
Outono,
Fim de tarde,
Tudo virou sussurro,
Aquelas mesmas folhas, caídas,
O sol se pondo, era outono,
E você estava ali.
As folhas nunca perderam tanto brilho em meus olhos quanto naquele momento.
O momento que te vi.
Era outono,
A estação onde os sentimentos mudam,
Menos os meus...

мαѕ υм ¢σитσ, єм αρєиαѕ υмα иσιтє...





Dois corpos imóveis, encarando-se, pensamentos voltados para o que?
Um quê de mistério, enigma, eles aproximam-se. Chove, e a cada segundo, a cada milésimo o intervalo das respirações era reduzido, a chuva aumentava. E eles, cada vez mais próximos.
Suas roupas já pingavam mais que a própria chuva, as sombras de ambos iam sumindo aos poucos enquanto a noite roubava a noite cada vez mais.
A rua esta perceptivelmente deserta, somente eles naquele lugar, e para eles, somente eles em todo o mundo. Sim, o amor; ali presente; era sincero, verdadeiro.
Acabaram com o tempo, naquele momento, selaram as almas; agora não mais “as” e sim “a”. Esse momento carece de explicação?
Eles se amam nessa vida, e amar-se-iam em outras também.

му fαιяу тαℓє



Demasiadamente verde, era a descrição perfeita para aquele jardim. Era fácil caminhar por ali, era familiar. Aquela atmosfera era impecável e extremamente mágica, podíamos ver a cor do vento contornando-nos. Eu podia sorrir ali.
Já caminhava fazia horas, quando senti aquele frio e, passei a não enxergar mais aquele lindo jardim, estava tudo escuro, eu já não sorria, chorava.
Minha mente transportou-se, momentaneamente, para um dia qualquer em um circo comum, onde palhaços choram por trás de um sorriso pintado.
Sei que preciso de ajuda, mas digo-lhe, não preocupe-se meu amor, estou bem.
Estou em um paraíso proibido, trancada nele. Preciso de um tempo no escuro para fazer minha própria luz e poder enxergar aquele jardim, novamente. Sorrir de verdade e te dizer com sinceridade: ”Eu te amo, queres casar comigo?”