Explosões de calor em um dia enluarado.
O frio debruçava-se sobre a janela e pedia um suave beijo.
Negação, solidão.
Arrepios ensurdecedores acariciavam minha pele como seda.
Prisão de tentação e masoquismo.
Baile de chá perdidamente congelante.
Doces lisonjeios.
Ternos esculpidos em fogo, véu feito de orvalho.
Seu coração palpitava em minha pele, perecia.
Constante chama congelante, latente e mortificante.
Perdição flamejante,
Facilmente liquefeita em cubos de gelo.
Desejos gritantes calados por emoções.
Abdicação apaixonante.
Priscila Rodrigues de Oliveira, 23 de julho de 2010