Folha em branco


 Era um iceberg de sentimentos. 
Um mapa sem tesouro, uma vida sem amor. 
Nem muito nem pouco, era isso e mais nada. 
Um alguém sem história, uma voz sem som. 
Mundo em preto e branco, um sépia em seus piores tons.

Um violão qualquer desafinado.

Um sorriso idealizado.

Um pouco de nada, um nada de muito.

Era só isso, ou talvez nem isso.

Um eterno erro, uma eterna mancha.

Uma eterna falta.

De você.


Priscila Rodrigues de Oliveira, 11 de setembro de 2012.



 E tudo se resume a isso. 

É tanta mágoa e dor que na minha vida tornei-me coadjuvante. 



Priscila Rodrigues de Oliveira, 11 de setembro de 2012.

Irônicos nós.


"Era somente um chá, um simples e esquecido chá.
Ridiculamente decorado.
Malditas idealizações de romances baratos.
Quase como perder um pequeno abrigo numa tempestade, 
quem precisa de palavras brandas quando o coração queima?
Maldito chá, malditos biscoitos.
Não, os biscoitos são deliciosos, ou são uma ilusão, quem saberia...
Não que minha garganta queimando por causa desse estupido chá, te valha de algo, ocupe-se de teus malditos nós e ternos.
Droga de chá, droga de chuva, droga de silêncio, droga de amor."

Priscila Rodrigues de Oliveira, 11 de setembro de 2012.

Neblina


Um caminho só de ida por folhas secas,
aquele fim de tarde tão cinza,
almas entristecidas, suspiros vazios.
Aquela tarde tão surreal.
Cartas amareladas de um futuro perdido,
por toda uma vida eu te amei, e por todas as outras amarei. 

Priscila Rodrigues de Oliveira, 5 de setembro de 2012.