qυα∂яσѕ мαи¢нα∂σѕ
Tємρσ "α¢нα∂σ"
- A aflição lhe corroe, caro amigo? Felizmente para mim, meu sutil relógio não responde as vontades do senhor.
- Permita-me então doutor, uma breve sugestão?
- Por que não?
- Sugiro-lhe que engula esse doce relógio, se assim desejais, e deixe-me em paz.
-Ora, quem pensas que és para proferir tais palavras a mim?
- Ninguém com tamanha importância assim, entretanto cansado de suaves tic tacs.
* Crash * E assim o senhor do tempo rebaixou-se a um simples senhor de bulhufas.
Priscila Rodrigues de Oliveira 8 de agosto de 2009
иυмα ¢ι∂α∂є αℓєαтσяια...
Aquela corda circulava pelos dedos do menino acariciando-os tão negativamente, o rosto da criança transformou-se em um sutil quadro da aflição que banhava-lhe. Por que se desfazer de algo tão intimo que dava tanta alegria?
O quão era grande a vontade de criar asas para seguir o doce amigo – que por sinal, não duraria mais de um dia, entretanto para que diríamos algo tão duro a uma criança que mal deixou as fraldas?- que teimava em seguir.
Seguir ate onde os pequenos dedos daquela criança nem sonhavam em chegar. A separação foi eminente e suas lagrimas também. Todavia esta foi cessada pela sutil voz de sua mãe.
- Te comprarei outro, meu bebê.
Como se uma amizade fosse tão facilmente posta à venda.
Priscila Rodrigues de Oliveira, 7 de agosto de 2009