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Por que teimas vir a mim amor tolo e doentio?
A blasfêmia e a ignorância já não te escureceram a face?
Os anjos calam-se defronte ao destino que se segue,
A incerteza te inunda os pensamentos e quebra a barreira de seus frágeis olhos.
Seu rosto já se encontra molhado e seu coração grita pelo sangue de outrora.
Dar-te-ei um lenço -como se suprisse – entretanto, sua dor e vida serão arrastadas pelos blocos úmidos daquela rua conhecida.
Que comparação sublime!
Sua esperança é como o ar, infantilidade.
Por que não te deixas cair de uma vez nesse desespero malgrado?
A perdição talvez seja o melhor caminho.
Doce ou amargo, coração?
Priscila Rodrigues de Oliveira, 4 de junho de 2009

1 lembretes:

Steferson Z. Roseiro disse...

devo dizer duas coisas antes de falar do tema: a primeira olhada, achei a estrutura do poema ruim... assim que terminei de ler e olhei novamente, vi que a estrutura é quase adequada para o poema em questão

Pois bem: a ironia parece ser o gume mais afiado de um machado que está sendo afiado para uma execução. O mais engraçado é perceber que, no fundo, não é a lâmina do machado - a ironia - a personagem principal. Na realidade, surpreendo-me ver que aqui você trata tanto do gume, quanto do executado (seu próprio desejo íntimo) quanto a lima que usa para afiar a ironia: o amor.
Uau!

(Confesso: tive que ler uma segunda vez para conseguir gostar de verdade do poema... mas, essa segunda vez, foi o suficiente para deixar de ser ignorante como fui na primeira leitura).